terça-feira, 26 de agosto de 2008

Israel, minha certeza

De todas as nações da Terra, o Eterno decidiu operar especificamente por uma – a nação de Israel. Embora ame toda a humanidade, ele estabeleceu um relacionamento especial com Israel.


Povo escolhido. Os judeus são o povo escolhido de D-us. Foram especialmente escolhidos para serem Suas testemunhas para os descrentes. Foi a Israel que veio a Palavra de Elohim. O apóstolo Paulo escreveu: "Que vantagem, pois, tem o judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhes foram confiados os oráculos do Todo Poderoso" Romanos 3:1, 2. "Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da Lei, e o culto, e as promessas; de quem são os patriarcas; e de quem descende o Messias segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, D-us bendito eternamente. Amém" Romanos 9:1-5.


Israel teve o grande privilégio de receber a revelação divina para a raça humana. Foi aos israelitas que os profetas do Altíssimo se manifestaram. Como povo escolhido de Hashem, deveria dar testemunho do Eterno e Verdadeiro na terra que ele lhes deu.


Pela escolha do Nosso Senhor. A bíblia, contudo, deixa claro que o Eterno escolheu Israel para ser seu instrumento porque era o que queria, e não porque fosse melhor do que qualquer outra nação. "Sabe, pois que não é por causa da tua justiça que Hashem teu Elohim te dá esta boa terra para a possuíres, pois tu é povo de dura cerviz" Deuteronômio 9:6. O Altíssimo concedeu muitas bênçãos especiais a Israel. Juntamente com elas veio uma grande responsabilidade de manter o que Ele havia lhes confiado. Quando deixaram de dar seu testemunho piedoso ao mundo, o próprio Elohim os julgou, como um pai que corrige a menina de seus olhos com disciplina. Jesus não deixou dúvidas de que grandes bênçãos acarretam grandes responsabilidades. "... daquele que muito é dado, muito é cobrado; e a quem é muito confiado, mais ainda se lhe pedirá" Lucas 12:48.


A situação atual. O Eterno não está mais usando a nação de Israel como agente de testificação aos incrédulos. Ao invés de haver um testemunho de âmbito nacional na Palestina, de forma que todas as nações pudessem vê-Lo operando através de um povo, Ele agora dissemina Sua Palavra por intermédio de Seus crentes. Nosso Senhor Jesus disse que aqueles que nele crêem devem sair e pregar as boas novas. "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo" Mateus 28:19.


É importante salientar que, os judeus, de uma forma geral, foram eleitos como nação do Todo Poderoso e não o deixaram de ser até os dias de hoje, pois, o Mestre deu ordem a homens de raiz israelita para disseminar o Evangelho. "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder do Eterno para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" Romanos 1:16. É incontestável a obra do Mashiach na vida de Seus apóstolos. Os gentios foram adotados pelo Pai e tornaram-se herdeiros pela fé das promessas feitas ao nosso pai Avraham. Um bom exemplo disto são as comunidades judaico-messiânicas e judaico-nazarenas que, se esforçam por manter a fé do primeiro século. É o mesmo Senhor de todos. "É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente..." Romanos 3:29.


Mesmo no Estado político de Israel, o Altíssimo tem feito a Sua obra. Em outras palavras, não mais uma nação política faz o trabalho que o Eterno nos confiou, mas sim, o corpo do Mashiach composto pelos galhos da árvore abraâmica de Israel e os enxertos representado pelos gentios, cada um estando diante do Todo Poderoso da forma como foi chamado. "Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?" Gálatas 2:14. Cada um se achegue ao Pai como foi chamado, pois é o mesmo Espírito que habita em todos. Não podemos deixar que diferenças doutrinárias e nacionalistas ofusquem a nossa igualdade em Cristo. Pois todo o que é nascido do Espírito é filho do Eterno. Conhecemos os membros do corpo do Mashiach pelo amor, pela fé, e, toda sorte de frutos da Ruach Hakodesh (ou, Espírito Santo, como preferir).



No amor do nosso mestre Yeshua...





segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ateísmo?

"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia." (I Coríntios 3:19)

Em alguns vídeos populares no site Youtube, eu observei uma pequena série chamada "A Bíblia é repulsiva" onde alguém argumentava logicamente sobre a imperfeição de Deus e sua santa Lei. O que me surpreendeu foi o fato de tê-los considerados plausíveis! Não me lembro do porquê de ter pensado desta forma, mas, creio que me coloquei no lugar de um ateu para entender a mensagem.

Pouco depois eu me lembrei de uma palavra do rabino Sha'ul Bentsion acerca de como compreender a magnificência do Eterno. Deveríamos nos preocupar com a experiência que podemos ter com Ele e não tentar achar, usando menos de 10% de nossa capacidade cerebral, argumentos para a existência dEle. Deveríamos nos esforçar para enxergar Seus atributos na criação para melhor exercitarmos nosso amor para com Ele. E também me lembrei da raiz desse pensamento: A FILOSOFIA GREGA!

A filosofia grega é totalmente fundamentada sobre perguntas do tipo: COMO? ONDE? POR QUÊ? QUANDO? DE ONDE VEIO? PARA ONDE VAIS? Ou coisas semelhantes. Essa é a base do pensamento ocidental, muito racional e "lógico". Mas ainda assim, eu peço permissão ao leitor para me expressar, com base nessa mesma linha, a fim de explicar "logicamente" a existência e o poder do Todo Poderoso. Não é uma crítica, é apenas uma divergência dentro dessa mesma filosofia confusa. Vejamos, por exemplo, a origem da palavra "ateísmo".

A palavra ateísmo é formada pelo prefixo grego a "não" e pela palavra grega théos "divindade ou Deus". O ateu acredita que Deus não existe. Ele explica a existência das coisas pelo lado natural, ao invés de pelo sobrenatural. Ele encara o mundo que o cerca como produto de forças naturais. O ateu não vê sentido em crenças religiosas de Deus ou deuses.

Ele acredita que é possível obter-se prova de que Deus não existe. Sustenta ainda que há indícios substanciais desse fato. Entretanto, ele próprio não consegue afirmar, em termos dogmáticos, que Deus ou deuses não existem.

Existem apenas dois meios possíveis de se saber que Deus não existe:

  1. Considerando a possibilidade de que existe um deus em alguma parte do universo que não entrou em contato conosco, uma pessoa teria que ter conhecimento absoluto de tudo que está acontecendo em cada ponto do universo para afirmar categoricamente que Deus não existe. É óbvio que se ela tivesse tanto conhecimento assim, a ponto de poder afirmar que Deus não existe, seria onisciente e, portanto, por definição, Deus. Do contrário não poderia ter certeza se Deus ou deuses existem ou não.
  2. Alguém poderia saber que Deus não existe se recebesse uma revelação especial informando-o da não existência de Deus ou deuses no universo. Mas somente o próprio Deus poderia dar tal revelação e, assim, esta forma de negar a Sua existência também não é lá tão lógica...

Portanto, afirmar que Deus não existe é incorrer no erro de contestação categórica. Seria mais apropriado dizer: "Eu não creio que haja indícios da existência de Deus". Nestas bases, o ateísta poderia explicar por que acha que Deus não existe e o teísta (aquele que crê em Deus) poderia rebater os argumentos do primeiro explicando por que ele crê na existência de Deus.

Ainda seguindo essa mesma linha filosófica, é possível enumerar uma série de argumentos sobre a existência de Deus, embora, explanarei alguns. Existem quatro argumentos clássicos que defendem a existência de Deus. São eles: o argumento cosmológico, o argumento teleológico, o argumento moral e o argumento ontológico.

  1. Argumento cosmológico – Este argumento sustenta que tem que haver uma causa ou motivo para a existência do universo (cosmos). Todo efeito possui uma causa. O universo é um efeito. É preciso que haja uma causa inicial, uma causa não provocada, e esta tem que ser Deus.
  2. Argumento teleológico – O argumento teleológico, que deriva da palavra grega télos, cujo significado é "propósito, fim ou meta", diz respeito a desígnio e propósito. Tudo no universo tem um propósito. O planejador ou arquiteto universal é Deus. O salmista ressaltou esse fato. "Da tua alta morada rega os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras. Fazes crescer a erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o seu alimento, o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração"
    (Salmos 104:13-15).
  3. Argumento moral – Esse argumento afirma que tem que haver um Deus responsável pelo senso universal de certo e errado que o homem possui em si. Toda cultura humana contém determinados padrões morais. O motivo de o homem ter padrões morais é porque o Criador os incutiu nele. Esse senso humano de moral evidencia a existência de Deus. A Bíblia diz: "Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, pois mostram a obra da lei escritas em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os"
    (Romanos 2:14 e 15).

  4. Argumento ontológico – O argumento ontológico, derivado da palavra grega ontos, que indica "entidade", é um tanto complicado. Um teólogo cristão chamado Anselmo, que viveu no século XI, expressou-o da seguinte forma: "A noção de perfeição inclui existência, porque o que não existe é menos do que perfeito; portanto, como temos o conceito de um ser perfeito, este ser precisa existir, pois o conceito inclui a sua existência, do contrário ele seria menos do que perfeito."

Esses argumentos têm sido empregados ao decorrer dos séculos com o objetivo de mostrar que a crença na existência de Deus não é algo ilógico, mas, sim, que a Sua existência é a que melhor explica o universo em que vivemos.

P.S.: Se o leitor sentiu algo como um "nó nos neurônios" com tanta explicação, ou, entendeu parcialmente a mensagem, ou até, ficou mais confuso com o texto acima, não se preocupe! Até o escritor se perdeu ao elaborar esse artigo... Definitivamente, não é fácil explicar um Ser espiritual, muito acima da razão humana, usando argumentos filosóficos e incompletos.



Provando que a bíblia é repulsiva

Provando que a bíblia é repulsiva – Resposta às críticas



Shalom Aleyhim!